segunda-feira, 18 de junho de 2007

Aiiiii minha gramáticaaaa... páre de tirar onda e vai estudar mermão!!!!




Li algo interessante que me fez reportar à época quando corrigia petições de alguns amigos porque eles me pediam para dar "aquela olhadinha" afim de evitar micos futuros. Na realidade, muitos se passam desapercebidos... ou muitos que se "acham"... e por aí vai.


O texto abaixo mostra o exemplo da "pose de fachada" denunciada no papel (revertida pela graça do duplo sentido):




" Excelentíssimo Sr. Juiz




Certa vez, ao transitar pelos corredores do fórum, fui chamado por um dos juízes ao seu gabinete.


- Veja o erro ortográfico grosseiro que temos nesta petição.




Estampado, logo na primeira linha do petitório, lia-se:


"Esselentíssimo juiz". Gargalhando, o magistrado me perguntou:




- Por acaso esse advogado foi seu aluno na faculdade?


- Foi sim - reconheci - Mas onde está o erro ortográfico a que o senhor se refere?


O juiz pareceu surpreso:


- Ora, meu caro, por acaso você não sabe como se escreve a palavra "excelentíssimo"?


Então expliquei-me:


- Acredito que a expressão possa significar duas coisas diferentes. Se o colega desejava se referir a excelência dos seus serviços, o erro ortográfico efetivamente é grosseiro. Entretanto, se fazia alusão à morosidade da prestação jurisdicional, o equívoco reside apenas na junção inapropriada de duas palavras. O certo então seria dizer "esse lentíssimo juiz".


Depois disso, aquele magistrado nunca mais aceitou, com naturalidade, o tratamento de excelentíssimo juiz. Sempre perguntava:


-Devo receber a expressão como extremo de excelência ou como superlativo de lento?" (Revista da OAB-SC)





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