Hoje, em especial a um bate-papo com uma desconhecida sobre a Serrinha (Resende), relembrei das duas vezes em que estive passeando por lá. Um lugar de muito verde e, logo de cara, um grande rio de águas limpas dando boas-vindas na entrada.
Quem vai à Penedo, não pode deixar de ir à Serrinha! É perto e em apenas um dia, dá para ver alguns destaques desse pedaço verde localizado numa área de proteção ambiental (APA), na encosta leste do Parque Nacional de Itatiaia.
Não conheci nenhuma cachoeira nas duas vezes em que estive por lá; não por falta de curiosidade! Infelizmente por falta de informações. Uma pena por não ter conseguido acesso à elas... Hoje em dia com muitos relatos na internet e propagandas de empresas de turismo conseguimos obter mais esclarecimentos. Inclusive, já deve ter mapinhas ou folhetos contendo guias para os turistas; afinal, já tem muito tempo que fiz essas minhas viagens...
A foto acima é de um trecho do Rio Santo Antônio com sua coloração em tom verde turqueza. Outras fotos estão disponíveis na riosulnet. Opção refrescante para este verão!
Além da paisagem vista pelo caminho e do Centro de Eco-Desenvolvimento (estudos sobre projetos a favor da fauna e flora da Mata Atlântica), um dos lugares que visitei foi um pesque e pague na piscicultura trutas da serrinha. Ao chegar, você se depara com uma casa estilo colonial sem imaginar que atrás dela há todo um processo de criação e desova das trutas, peixes da mesma família do salmão. Um ponto turístico muito conhecido na Serrinha e em Penedo.
Há diversos tanques com águas transparentes e cada peixão lindo! Difícil é pescá-los quando não se tem experiência. Há um tanque específico para esta prática onde você pesca e em seguida um funcionário pesa perguntando se o seu desejo é comê-lo ali mesmo ou levá-lo para casa. Trouxe um médio para casa e na época não sabia nem fritar um ovo... imagine arriscar no preparo dessa preciosidade que é a truta! Só me lembro do peixe incluído na minha refeição após a long, long time... do jeito que foi, foi! Rssss.
Se um funcionário de uma lojinha em Penedo não me falasse sobre esse ponto turístico, eu não teria descoberto. É a Pedra Sonora e ela fica escondidinha em um caminho curto da mata, próxima a estrada principal da Serrinha. Da primeira vez, um conterrâneo explicou da maneira dele e voltei para o Rio sem entender o porquê de tanta importância depositada naquela pedra. Já da segunda vez, mais madura "das idéias", voltei por iniciativa própria com sentimento e o significado da Pedra Sonora. Basta apenas tocá-la com jeito para um som ser emitido e, por trás desse ritual, há uma lenda muito especial. Entretanto, a melhor definição está nas palavras do jornalista André Aquino no diario do Vale:
"Segunda a lenda da Pedra Sonora, quem bater na pedra e ouvir seu ronco, fica livre de morrer de desastre, de tiro ou facada. De origem indígena, segundo o historiador Claudionor Rosa, a lenda conta que há muitos anos, naquele local, aconteceu um milagre: os índios Coroados (Minas Gerais) disputavam com os índios locais, os Puris, a posse das terras. Um dia, o chefe dos índios Puris estava fazendo o reconhecimento do local, quando recebeu uma flechada no pescoço. “Ele estava impossibilitado de gritar por socorro, sentindo que ia morrer, ajoelhou-se junto à pedra, deixando seu machado cair sobre ela. A pancada emitiu um som que ecoou pela encosta. Ao constatar o fenômeno, o índio bateu outras vezes com o machado”. Curiosos com o ruído que ouviram, outros índios da tribo Puris não demoraram a chegar ao local, a tempo de salvar o chefe. Desde então, nenhum índio saía para caçar, pescar ou guerrear, sem antes passar pela pedra, bater e pedir proteção contra um possível desastre. Esta lenda foi colhida há mais de 30 anos, na Serrinha do Alambari.
'Esta é um das poucas lendas que virou folclore tipicamente de Resende. As demais são lendas nacionais. Isso mostra a importância da Pedra Sonora ao município', disse o historiador, que afirmou ainda que há outras lendas que envolvem a pedra, mas não tão conhecidas quanto a dos índios Puris."
Fotos:
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