" Na verdade, a maior parte do barulho da cidade é de ruídos controláveis que nós mesmos nos obrigamos a ouvir. Ao entrar no carro, ligamos o rádio; ao chegar em casa, ligamos a TV; ao caminhar pelo campo com amigos, falamos sem parar, acabando com o silêncio que poderíamos criar"
"Passamos tanto tempo absorvendo ruído, informação e entretenimento, que regurgitamos, imediatamente, assumindo tudo como sendo nosso. Isso inclui a opinião dos outros no jornal, na televisão e nos livros. Falamos sem parar. Raramente ficamos em silêncio. Expressamos nossos pensamentos, na certeza de que são únicos. Mas a maior parte deles sequer é original. E assim o ruído externo que vivenciamos se perpetua na nossa cabeça. Continuamos prolixos..."
" Quando, porém, em estado de escuta profunda, por um momento paramos de regurgitar informações, temos a oportunidade, então, de digerir o que entra. Em silêncio, percebemos que nossa verdadeira natureza é muito mais profunda que os pensamentos superficiais."
" Falamos da natureza como se ela fosse algo distinto de nós. Nós a preservamos ou exploramos ou então viajamos para ter contato com ela. Esquecemos de que também somos animais e, portanto, aprte intrínseca da natureza. A mesma inteligência que anima o mundo natural está presente nas batidas do nosso coração, enche nossos pulmões e comanda nosso instinto de sobrevivência. Não estamos separados da natureza, mas unidos a ela e combatê-la é lutar contra nós mesmos. Destrí-la é acabar com nossa própria espécie. Da mesma forma que viver em harmonia com ela é viver em harmonia com nós mesmos."
"Permita que neste momento sua atenção se volte inteiramente para qualquer pequena parte dela (natureza) que esteja à mão. Pode ser uma plantinha do vaso que precisa ser regada. Ou "somente" o ar que se respira inconscientemente."
" Muitas vezes na correria de nossa vida "civilizada", de ambições e atividades, nos esquecemos de nossa natureza animal que é relaxada, presente, alerta e inativa. Não se trata de preguiça que dá a sensação interna de letargia e tédio. Trata-se de um não-fazer natural e animal que proporciona a experiência de estar alerta e presente. Nesse estado não sentimos moleza interior mas energia...uma energia radiante."
" Uma vez seduzidos pelo hábito de comprar para ter felicidade é difícil parar. Não importa o quanto já se comprou, se a dinâmica está enraizada, há sempre mais para adquirir, novos prazeres, outras pessoas a desbancar."
"O hábito de comprar parece resolver os problemas momentaneamente pois induz aliviar a ansiedade e evitar pensamentos sobre nossa própria fraqueza. Ter muito é uma tentativa de tentar se proteger contra a morte, a incerteza e a impermanência. Colecionamos coisas como que para dizer: Estou aqui. Eu existo."
"... acredita-se que simplicidade não tem valor. Viver uma vida sossegada cheia de humanidade intrínseca é considerado chato. Recomenda-se que as pessoas sonhem alto e façam acontecer"
"Mas...
...a verdade mais profunda é que os seres humanos querem ser amorosos pois esta é sua verdadeira natureza."
"... nossas decisões dependem da forma como nos relacionamos com o mundo e com nós mesmos - o que, por sua vez, é a manifestação dos pensamentos que nos passam pela cabeça."
" Como o sol, que não deixa de existir só porque as nuvens o estão escondendo, o silêncio está presente todo o tempo, mesmo nos acontecimentos mais barulhentos e irritantes do cotidiano."
"... fazer o melhor possível em cada momento ao longo do caminho."
(...)
"...não adianta chorar sobre o leite derramado. É preciso limpar a bagunça, no momento presente para passar adiante, no sucessivo presente. Qualquer reprise mental ou autoflagelação sobre o erro é uma perda de energia e de tempo."
" Não tem sentido ansiar pelo futuro porque cada coisa que faz é intrinsecamente importante neste exato momento. É importante também porque o que você faz é uma preparação para um caminho ainda não revelado. A luta, a dor e o processo são todos necesários."
(...)
"Se mundo diz não, use isto como oportunidade de aumentar seu compromisso com o sim, apurar sua meta de estar mais desperto."
(...)
"Se mundo diz não, use isto como oportunidade de aumentar seu compromisso com o sim, apurar sua meta de estar mais desperto."
" Veja e aceite as coisas como são e evite o sofrimento de tentar transformar as pessoas, lugares ou experiências naquilo que não são"
"Relaxe na simplicidade do momento.
Sente-se confortavelmente e feche os olhos.
Em silêncio.
Respire.
Seja testemunha da mente. Não embarque na conversa dela.
Você já tem tudo que precisa para ser feliz e livre.
E já tem tudo para ser humano"
E... vive la différence!
Fotos:
Fonte:
-Calma no Caos -
Ensinamentos Budistas para Viver Melhor
(Arthur Jeon)
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